Como seria acompanhar uma banda de Hard Rock dos anos 70? Seguir viagem em um busão, em meio a Instrumentos, aparelhagem de áudio, Groupies e claro Sexo, Drogas e Rock’n Roll ( Não necessariamente nessa ordem )? Agora imagine tudo isso mostrado num filme. Bem simples e direto.
Quase Famosos é o nome dessa obra prima do diretor Cameron Crowe, feita no início dessa década, conta a história de William Miller um ávido fã de Rock que consegue um estágio na Revista Rolling Stone, a maior do estilo, como escritor musical. Ele é quem segue com a banda para fazer a matéria que seria capa. Então acaba se envolvendo nesse mundo louco. E vive todos os problemas juntos com os músicos.
Das muitas cenas legais do filme, algumas marcaram realmente a minha vida e acho que a de muita gente que assistiu. 1. A da banda cantando ‘’ Tiny Dancer ‘’ fantástica música do Elton John. 2. o diálogo entre o personagem principal e um renomado crítico musical Lester Bangs. Que insistia em dizer que já naquela época o Rock estava morto.
Ah se ele imaginasse como seria o cenário hoje em dia...
LESTER BANGS: Ei, eu te conheço. Você não tem estilo.
WILLIAN MILLER: Eu sei. Mesmo quando pensei que tivesse eu sabia que não tinha.
LESTER BANGS: Porque nós somos sem-estilo. Mulheres sempre serão um problema para caras como nós, mas grandes das obras de arte retratam esse problema. As pessoas bonitas não têm caráter. A arte delas não perdura. Eles conquistam garotas, mas nós somos mais espertos.
WILLIAN MILLER: É, já vi que sim...
LESTER BANGS: A arte retrata a culpa, o desejo e o amor disfarçado de sexo e o sexo disfarçado de amor.
LESTER BANGS: A única moeda nesse mundo falido é a que se partilha com outra pessoa, quando não se tem estilo. Se quer ser amigo deles, seja honesto e inclemente.
Sutil e Intrínseco.
Bruno Maia
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Tiny Dancer -
